Projeto político de Aécio Neves quase
derrete ou explode
Colocado à prova, Aécio mostra
que sua atuação política depende da "cobertura" da imprensa.
Discórdia causa atraso de recurso gerando insatisfação
A
correria da equipe de Aécio Neves no início desta semana, em Belo Horizonte,
para sacar dinheiro vivo para pagar diversos veículos da mídia nacional acabou
causando a paralisação das atividades da tesouraria do Banco Rural e BMG.
Funcionários das instituições relatam que Andréa Neves comandou pessoalmente a
operação que zerou a disponibilidade de moeda dos dois bancos.
O esquema
que opera desde 1987 em Minas Gerais, dando cobertura a diversas operações
irregulares, fato comprovado com a condenação dos dois presidentes das
instituições bancárias, pelo visto conta com a cooperação do Banco Central.
Inclusive o atual presidente do Banco Rural, João Heraldo, condenado em
diversos processos, é oriundo da instituição.
Mostrando
que Minas Gerais é um Estado independente dentro da Federação, funcionários do
Banco Rural e BMG informam que quantia não inferior a R$ 50 milhões teria sido
sacada em um só dia sem que qualquer autoridade monetária interviesse. Informam
ainda que recursos solicitados a custódia do Banco Central entraram apenas
contabilmente na tesouraria, teriam seguido direto para o aeroporto da
Pampulha.
Este é o
final do incidente ocorrido em função da viagem de Aécio e de sua
Irmã Andrea para o exterior, causando atraso no repasse de recursos para a
mídia nacional que culminou com a publicação, em 2 de fevereiro, de uma crítica
do jornalista Reinaldo Azevedo, na revista “Veja”, ao senador Aécio Neves;
“Aécio
Neves (PSDB-MG), cotado para ser presidente do partido e apontado como
candidato à Presidência da República, havia acenado com a possibilidade de fazer
um discurso em defesa da candidatura de Taques. Discurso não houve. O senador
se limitou, há alguns dias, a fazer uma espécie de convite-apelo a Renan para
que retirasse a sua candidatura. O alagoano não topou, claro… O apoio ao
opositor de Renan, no fim das contas, foi uma operação de marketing que acabou
saindo pela culatra. Agora, resta suspeita da farsa, do adesismo e da
traição, tudo misturado. Se era para fazer esse papelão, melhor teria sido
defender que a presidência coubesse à maior bancada e fim de papo. Melhor a
sabujice franca do que a dissimulada”.
A grande
imprensa nacional, além de repercutir tal crítica, não publicou uma linha na
defesa de Aécio. Só após o pagamento, em 4 de fevereiro, que Reinaldo Azevedo
publicou uma nota do Senador Aécio Neves apresentando sua versão. Segundo
político da velha guarda, este fato comprova que a candidatura de Aécio Neves
só existe devido ter se transformado em fonte de renda, conforme matéria de Novojornal,
“Aécioduto.
O novo grande negócio da mídia nacional”.
“Fora
deste ambiente sua candidatura derrete ou explode”, conclui.
Nota da
Redação:
Após
publicação desta matéria, ao contrário do noticiado, fomos informados que o
Banco Central - Belo Horizonte – determinou uma inspeção para analisar as
operações citadas na matéria, ocorridas no Banco Rural e BMG.
Procurados
pela reportagem do Novojornal, prometeram, para esta semana, uma nota
esclarecendo o fato.
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