sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Raimundo Bonfim e Julian Rodrigues: Reação ao avanço conservador virá da militância


Raimundo Bonfim e Julian RodriguesRaimundo e Julian


Do Vi o Mundo

publicado em 06 de agosto de 2015 às 15:30
Reação à escalada conservadora virá da mobilização da militância de esquerda

por Raimundo Bonfim e Julian Rodrigues, especial para o Viomundo

O quadro político se agrava muito rapidamente.  A escalada conservadora se acelera, alimentando o ódio e a intolerância, fechando o cerco sobre o governo Dilma e intensificando o movimento para aniquilar o PT – e toda a esquerda brasileira.

Está em jogo não somente a continuidade do governo Dilma, mas o  projeto democrático e progressista , duramente construído por milhares de militantes desde o fim da ditadura militar.
A crise econômica foi aprofundada pela política econômica comandada por Joaquim Levy.

Um verdadeiro DES-ajuste fiscal, que apenas alimenta o lucro dos bancos e dos rentistas.  E gera recessão e desemprego, trazendo um desgaste brutal para o governo Dilma –  que atinge níveis de reprovação iguais aos de FHC.

Esse cenário não surpreende. Em fevereiro, já nos somávamos às vozes críticas, alertando para o que poderia acontecer.

O ambiente político do país é muito ruim e se deteriora a cada dia.  Ao optar por uma política econômica  liberal, Dilma rompeu com a base social que a elegeu. E paralisou seu governo.
Ao mesmo tempo, a grande mídia radicaliza seus ataques. O  Ministério Público, setores do Judiciário e a PF agem como justiceiros, pretensamente combatendo a corrupção, mas agindo partidariamente, ignoram as liberdades democráticas, focados na criminalização do PT e na desconstituição do governo.

Todos os limites foram atravessados. A operação Lava-Jato anima a ofensiva golpista. No Congresso Nacional, Eduardo Cunha comanda uma verdadeira contra-reforma reacionária, atacando os direitos humanos, impondo uma agenda globalmente regressiva.

O atentado à bomba ao Instituto Lula e a nova prisão de José Dirceu marcam um novo momento.
É fato que não há consenso no “andar de cima” sobre se é melhor interromper o mandato de Dilma ou esperar as eleições de 2018.

Mas a conjuntura vai se desenrolando e os setores golpistas vão ganhando peso ante a paralisia do governo e do PT.

Articular a reação

Não há nenhum sinal do governo Dilma na direção de mudar essa política econômica antipopular.  Além disso, covardemente, o governo assiste passivamente ao aparelhamento da Polícia Federal, hoje um verdadeiro braço do PSDB e de toda a direita.

A maioria da direção do PT também não tem reagido e não demonstra capacidade de comandar uma forte e necessária contra-ofensiva.

A tarefa da militância partidária e social de esquerda, portanto, é complexa: defender o governo Dilma contra o golpismo de direita, e, ao mesmo tempo, combater e derrotar o ajuste fiscal proposto pelo próprio governo.

E mais grave ainda: temos de fazer tudo isso sem contar com um comando unificado e organizado. Nem o governo Dilma nem o PT dão sinais nesse sentido.

Ou seja: cabe a cada um de nós, lutadores sociais, militantes petistas, militantes de esquerda, socialistas, progressistas, democratas organizar, desde baixo, a resistência ao golpismo e o combate às forças conservadoras.

Só há um caminho imediato: constituir um pólo de esquerda e progressista. Convocar mobilizações de rua e construir um forte movimento antifascista. Para isso, precisamos ajudar a viabilizar, em cada município, a Frente de Esquerda, Democrática, Popular.

Intelectuais críticos, movimentos sociais, militância petista, sindicatos, juventude, ativistas de esquerda, blogosfera progressista. Todos temos a tarefa histórica de impedir o retrocesso, deter o avanço da direita, defender um projeto de país com igualdade e liberdade. Todos às ruas no dia 20 de agosto.

Raimundo Bonfim, advogado e coordenador geral da Central de Movimentos Populares (CMP-SP).
Julian Rodrigues, professor e jornalista é ativista de direitos humanos e do movimento LGBT.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Blog da Cidadania: Camargo Correa doou até aeroporto a FHC, mas não pode doar a Lula

Do blog da Cidadania

ifhc

Estadão e Folha de São Paulo divulgaram informação repassada pela notória banda antipetista da Polícia Federal cujo objetivo é, claramente, o de manchar a biografia do ex-presidente Lula e, assim, enfraquecê-lo politicamente, por temor de que se candidate à sucessão de Dilma Rousseff.
As matérias desses jornais relatam doações ao instituto Lula que empresas privadas fazem comumente a ex-presidentes. José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, com ajuda da iniciativa privada, criaram institutos após deixarem o poder e nunca ninguém implicou com eles.
O instituto FHC, por exemplo, foi inaugurado em 2004 com um acervo de mais de 10 mil livros e um caixa de cerca de R$ 10 milhões.
Desde que deixou a Presidência da República, em janeiro de 2003, FHC se dedicou a arrecadar recursos para criação de seu instituto. Chegou a promover um jantar do qual participaram banqueiros e empreiteiros.



O instituto Fernando Henrique Cardoso ainda ganhou dos empresários um andar inteiro em um antigo prédio do centro de São Paulo, onde funcionava o Automóvel Clube. Um imóvel de 1.000 m2 com biblioteca e auditório.
Segundo reportagem da revista IstoÉ publicada em 1999, quando FHC ainda era presidente, a fazenda que ele e Sergio Motta compraram em sociedade no município mineiro de Buritis ganhou da mesma Camargo Correa que a mídia acusa de fazer doação ao Instituto Lula, “Um presente que todo fazendeiro gostaria de ter”.
A revista relatou que “Em vez de avançar a cerca sobre a propriedade alheia, como de hábito no meio rural”, a Camargo Corrêa mantinha “sempre aberta a porteira” que separava sua fazenda da “gleba presidencial”.
Haveria, à época, um “intenso movimento entre as duas propriedades”, as fazendas de FHC e da Camargo Correa”, com “pessoas saindo da fazenda Córrego da Ponte, de FHC, entrando na Pontezinha, da Camargo Corrêa, e voltando à Córrego da Ponte”.
Para a revista, a “atração na Pontezinha” era “uma ampla pista de pouso” que costumava “receber mais aviões tripulados pela corte do presidente do que jatinhos de uma das maiores empresas do País”.
“Nunca vi avião nenhum da Camargo Corrêa pousando ali. Mas da família de Fernando Henrique não para de descer gente”, teria relatado o fazendeiro Celito Kock, vizinho de FHC e Camargo Correa.
A pista construída na fazenda da empreiteira tinha 1.300 metros de comprimento e 20 metros de largura, asfaltados. E estacionamento com capacidade para 20 pequenas aeronaves.
À época, a pista foi avaliada em R$ 600 mil e começou a ser construída no dia 1º de julho de 1995 e foi concluída em 30 de setembro daquele ano.
A reportagem da IstoÉ ainda relatou, à época, que, apesar de ter os equipamentos necessários para a obra, a Camargo Corrêa encomendara serviço à Tercon – Terraplanagem e Construções, que, meses antes, fora contratada pela Camargo Corrêa para fazer a ampliação do Aeroporto Internacional de Brasília
Por fim, a reportagem em questão relatou que “Dois habitués na pista da Pontezinha”, fazenda da Camargo Correa contígua à fazenda de FHC, eram Luciana Cardoso, filha do então presidente da República, e seu marido, Getúlio Vaz.
Detalhe: isso ocorreu enquanto FHC era presidente da República e tinha a caneta que contratava empreiteiras. A assessoria de imprensa da Presidência da República, inclusive, confirmou, à época, a utilização da pista pelos familiares do presidente.
Fatos como os supracitados jamais geraram reportagem alguma dos jornalões supracitados. A imprensa desprezou solenemente todas as doações de banqueiros e empreiteiros ao instituto FHC. Sempre. E foram muitos milhões.
Após FHC deixar o poder, seu Instituto chegou a ganhar um programa na TV Cultura. E, como se não bastasse, recebeu doação de 500 mil reais da Sabesp. Além das milionárias doações privadas, o Instituto FHC recebeu DINHEIRO PÚBLICO!
Nunca houve qualquer questionamento da imprensa.
Mas o Instituto Lula não pode receber doações privadas. Vira escândalo.
O pior é que as reportagens da Folha e do Estadão não relatam nem sequer investigação da Polícia Federal sobre a doação da Camargo Correa ao Instituto Lula. A banda antipetista da PF deparou com essas doações e repassou a informação à imprensa com o único objetivo de constranger o ex-presidente e gerar boatos.
O Instituto Lula divulgou as perguntas do Estadão, na íntegra, e a resposta que deu. Confira, abaixo.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula
Perguntas enviadas pelo jornal O Estado de S. Paulo
1) A que se referem os pagamentos da empresa Camargo Corrêa para o Instituto Lula e para o LILS? Que serviços eleitorais o Instituto prestou?
2) Os serviços prestados pela LILS são referentes a palestras do ex-presidente Lula? Há registros?
3) Por que o Instituto Lula emite bônus eleitorais como em 2012?
4) Os serviços prestados têm relação com contratos da Petrobrás?
5) As doações/contribuições/bônus pagos têm relação com o PT?
Resposta do Instituto Lula
Recebemos nesta terça-feira (9), do jornal O Estado de S. Paulo, às 17h14 com prazo de resposta até as 19h30, às perguntas abaixo. Segue a íntegra da resposta e depois as perguntas enviadas pelo jornal.
“Os valores citados no seu contato foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimento de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo. A Camargo Corrêa já manifestou publicamente que apoiou o Instituto, em resposta a matéria de 2013 da Folha de S. Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/03/1250451-instituto-diz-que-objetivo-de-lula-e-o-interesse-da-nacao.shtml.
Os três pagamentos para a LILS são referentes a quatro palestras feitas pelo ex-presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos.
O Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral, tampouco emite bônus eleitorais, o que é uma prerrogativa de partidos políticos, portanto deve ser algum equívoco.
Essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos.
As doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-presidente não têm nenhuma relação com contratos da Petrobrás.”

domingo, 24 de maio de 2015

Tijolaço: Juízes e o salário dos deuses

Pagamos estes salários altíssimos para estes juízes condenar e prender apenas preto, pobre, prostituta e agora petista também. Tudo tem limite!!! Quando o povo chegar ao seu limite, tudo isso cairá por terra. Isso é uma afronta a sociedade e àqueles que trabalham para receber míseros R$778,00.

23 de maio de 2015 | 14:02 Autor: Miguel do Rosário
jus julgamento final
Bem, juiz não é Deus, mas os seus salários, junto com os benefícios, estão perto de atingir níveis divinos.

Sinceramente?

A única frase que me vem ao espírito é uma citação de Boris Casoy, o âncora reaça do SBT: isso é uma vergonha!

Acho que juízes devem ganhar muito bem e ter excelentes condições de trabalho.

Mas são funcionários públicos, assim como professores. E temos aqui uma desproporção inacreditável.

Enquanto professores tomam cacete da polícia porque tentam melhorar um pouquinho seus salários, ou pior, porque tentam evitar que alguns governos lhes roubem o fundo de previdência, os juízes brasileiros batalham para aumentar sua renda mensal para valores que, francamente, correspondem a um acinte a grande maioria dos servidores públicos!

Me parece evidente que o Brasil deve buscar um equilíbrio democrático. O salário dos juízes sai do bolso dos contribuintes, então deveria haver uma fórmula para que houvesse um equilíbrio entre os salários de professores e juízes.

Só poderia haver aumento no salário dos juízes se houvesse aumento no salário dos professores. E que se buscasse uma fórmula para que a distância entre um e outro fosse reduzida.

Se os juízes querem ganhar 70-80-100 mil ao mês, então que tenham coerência! Façam lobby para que a carga tributária seja ampliada para os muito ricos, que a CPMF seja reinstalada. Sobretudo, punam severamente a sonegação!

Como assim? Querem salários divinos e deixam a Zelotes, que investiga desvios de R$ 20 bilhões, morrer porque o juiz não faz nada?

Se querem dinheiro, então que ajudem o Estado a recuperar o dinheiro da sonegação!

E punam governadores que espancam professores da rede pública e lhes obriguem a conceder generosos aumentos de salário aos profissionais de educação!

E os paneleiros, hein?

Não batem panelas contra quem bate em professor, não batem panela para salário de juiz, não batem panelas contra a sonegação.

Estou achando que esses paneleiros são uns farsantes.
*

Publicado no site SindjusMA.

STF debate projeto de nova Loman que cria mais vantagens para a magistratura brasileira
19/05/2015 | 10:04

O novo projeto estaria criando uma infinidade de vantagens para os juízes.O novo projeto estaria criando uma infinidade de vantagens para os juízes.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, enviou aos demais ministros da corte a minuta de anteprojeto do Estatuto da Magistratura, que altera a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), de 1979.

O presidente do STF pretende discutir com os demais colegas alterações no texto antes de mandar o projeto ao Congresso Nacional, onde será votado. No entanto, o novo projeto estaria criando uma infinidade de vantagens para os juízes.

Segundo a nova Loman, um juiz de primeira instância receberá: R$ 31.542,16 de salário a partir de 2015; R$ 1.577,10 a cada cinco anos de magistratura; R$ 1.577,10 de auxílio-transporte, pois não conta com carro oficial; R$ 1.577,10 de auxílio-alimentação; R$ 6.308,43 de auxílio-moradia; R$ 3.154,21 de auxílio-plano de saúde. No total, neste cenário simplório, o juiz receberá ao final do mês R$ 45.734,05.

Esse valor ainda aumenta com o enquadramento do magistrado em outras situações previstas na legislação.

Se o magistrado tiver um filho, receberá mais R$ 1.577,10 de auxílio-creche e outros R$ 1.577,10 como auxílio-plano de saúde para o dependente. Os rendimentos sobem para R$ 48.888,25.

Se ele tiver um segundo filho, um pouco mais velho e que estude em escola privada, receberá mais R$ 1.577,10 de auxílio-educação. E mais R$ 1.577,10 de auxílio-plano de saúde para este segundo dependente. Sobem os rendimentos para R$ 52.042,45.

Caso o juiz tenha em seu currículo um curso de pós-graduação, receberá ao fim do mês R$ 53.619,55. Se ele tiver o título de mestre, vamos a R$ 56.773,76. Na hipótese de ter seguido uma extensa carreira acadêmica e, além de pós-graduação, tiver título de doutor, seus rendimentos vão a R$ 61.505,08.

Na hipótese de acumular alguma função administrativa no foro, o contra-cheque subirá a R$ 72.019,13. Se este juiz julgar mais processos do que recebe no ano, ele receberá dois salários adicionais por ano. Dividindo esse valor por 12 para facilitar nossa conta, os rendimentos do magistrado subiriam mensalmente a R$ 77.276,15.

Participando de mutirões de conciliação ou de outras atividades especiais, o juiz receberá a mais, por dia, R$ 1.051,40.

No caso de um juiz mais antigo, que já tenha chegado ao topo da carreira e que tenha alcançado o tempo necessário para se aposentar, ele receberá mais R$ 1.577,10 por ano se decidir continuar trabalhando.

Além desses valores, há outros benefícios na lista, como ajuda de custo para capacitação ( de R$ 3.154,21 a R$ 6.308,43) , auxílio para o caso de ser designado para localidade de difícil acesso (R$ 10.514,05), auxílio-mudança (de até R$ 94.626,48 em parcela única).

Nessa contas todas é possível ainda incluir a venda de metade dos 60 dias de férias a que têm direito os juízes. Apesar de o Supremo ainda estar julgando se o juiz deve ser indenizado por não usufruir dos 60 dias de férias, a proposta de novo estatuto já estabelece essa possibilidade.

Clique aqui e acesse a minuta do anteprojeto da magistratura.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O Povo que ama o Brasil, precisa reagir ao Golpe


Os EUA veem perdendo espaço na economia mundial e em seus domínios e para recuperar é capaz de qualquer atrocidade. Paralelamente, a elite econômica de direita deste país também está perdendo espaço no poder e junto também a grande mídia Grupo globo, folha de São Paulo, estado de São Paulo, veja e também o mais corrupto dos poderes que é o judiciário mais o Ministério Público entre outros ...

Estão desesperados, pois, não conseguem enxergar uma saída democrática e honesta para voltar ao poder e todas estas forças se juntaram para criminalizar o PT, Dilma e Lula e com isso voltar ao poder.

Para se conseguir seu intento, não estão medindo as consequências. Se for preciso quebrar o país para conseguir o poder de volta e entregar o restante de nossas riquezas para o "império", o farão com certeza.

Os EUA estão por trás de vários movimentos de desestabilização do governo em todo o planeta, tudo para manter sua superioridade, enquanto isso, milhares de americanos estão vivendo na pobreza sem assistência à saúde, entre outros benefícios sociais.

Estão por trás da desestabilização do governo da Síria, Venezuela, Argentina e também no Brasil.

Dizem que a história sempre se repetem, aconteceu com Getúlio Vargas, João Goulart e agora querem interromper um ciclo de governos do PT que começou em 2002. Tudo porque mesmo sem fazer as reformas estruturais que o país precisa e mantendo ganhos até maiores para as elites, o PT conseguiu distribuir renda e elevar milhões à classe média e tirando também milhões da extrema pobreza. Mas, a elite é egoísta demais para aceitar que o pobre melhore sua vida fará tudo para que volte o que era antes.

Por isso, neste momento de tantos ataques das forças externas, da elite entreguista do país e da mídia golpista que defendem os interesses externos e não os do Brasil, o povo precisa reagir. Devemos realizar manifestações diante da embaixada Americana, do ministério público, do judiciário e da mídia golpista para mostrarmos a eles que não toleraremos atalhos para voltarem ao poder e nem a quebra do país para conseguirem seus interesses que não são os nossos, povo brasileiro.

Parafraseando Lula, nosso eterno presidente: "Nós queremos a paz e a democracia, mas se eles querem a guerra, nós também sabemos lutar".  


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

247: Caçada a Lula marca um país conflagrado

Fonte: Brasil 247

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As cenas do conflito durante o ato de defesa da Petrobras não expuseram apenas um país dividido entre os que defendem o atual governo e a oposição; enquanto o ex-presidente Lula dizia que "O mais importante legado que minha mãe me deixou foi o direito de andar de cabeça erguida e ninguém vai fazer eu baixar a cabeça neste país", a oposição tenta abrir a CPI do BNDES, além de tentar incluir  os contratos do setor elétrico nas investigações da Operação Lava Jato; "Tornar Lula inelegível, para as forças de oposição, é atalho mais certo para a alternância no poder em 2018", revela a colunista do 247, Tereza Cruvinel
25 de Fevereiro de 2015 às 14:28


Por Tereza Cruvinel

O dia começou cheio de notícias do "fim do
mundo" em um país tropical bonito por natureza mas agora vincado pela intolerância e cada vez mais dividido pelo muro do "nós e eles". As fotos dos enfrentamentos físicos na porta da ABI durante ato em defesa da Petrobrás e do ex-ministro Guido Mantega sendo expulso de um hospital por pessoas exaltadas são apenas o emblema do que se passa no leito largo da sociedade, onde a questão política divide até as famílias. Enquanto isso, os ativos do país vão se erodindo.

No ato de ontem, Lula fez o que mesmo que em 2005, quando cresceu o movimento por seu impeachment: avisou que não se mataria como Getúlio, não renunciaria como Jânio, não seria deposto como Jango nem sofreria o impeachment como Collor. Chamaria o povo de casa em casa para defender a vontade popular que lhe dera o mandato. E o fez porque sabe que, mais do o impeachment de Dilma, busca-se a sua inelegibilidade em 2018. Isso é que resume sua frase desafiadora de ontem: "O mais importante legado que minha mãe me deixou foi o direito de andar de cabeça erguida e ninguém vai fazer eu baixar a cabeça neste país. Honestidade não é mérito, é obrigação. Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também".

Lula sabia, há alguns dias, que as investigações da Operação Lava Jato miravam as obras do setor elétrico. Exatamente porque a maior parte dos contratos com empreiteiras para a construção das grandes hidrelétricas do norte do país foram firmados em seu governo. Com a descoberta de irregularidades nestes contratos ele poderia vir a ser responsabilizado e, se condenado, ficaria inelegível. Hoje circula a notícia de que os acordos de delação premiada que estão sendo negociados entre o Ministério Público Federal no Paraná e os executivos de empreiteiras presos podem incluir o setor elétrico. Eles vêm resistindo, diz a colunista Monica Bérgamo, da FSP, mas a pressão dos procuradores é grande. E nesta altura, tudo o que desejam "é colocar um ponto final da situação em que se encontram", nas celas do juiz Moro.

Quase todas as grandes empreiteiras participam dos consórcios montados para realizar aquelas obras monumentais, como a usina de Belo Monte e as de Jirau e Madeira. Belo Monte é o primeiro alvo das investigações.

Para "pegar Lula", vem sendo articulada também no Senado a CPI do BNDES. Ontem alguns deputados da oposição discursaram contra o financiamento de obras em Cuba, Moçambique, Angola, Equador, Argentina e outros países. Em verdade, o BNDES nem poderia financiar obras em países estrangeiros. O que ele fez foi aportes financeiros para as empresas brasileiras que foram contratadas para obras como o porto de Mariel, em Cuba, mediante a condição de que todos os insumos sejam comprados de indústrias brasileiras, gerando emprego e renda dentro do país. A desejada CPI do BNDES quer investigar estes financiamentos e o papel que Lula teve na contratação de tais obras, quando era presidente, com sua diplomacia presidencial ativa.

Tornar Lula inelegível, para as forças de oposição, é atalho mais certo para a alternância no poder em 2018. Se Dilma fica, com o governo cercado e imobilizado, terminará como uma pata manca, sem condições de influir na sucessão. E se Lula estiver fora do páreo, será mamão com açúcar.
Jogo é jogo, também na política. Mas o limite dos jogos de poder é o interesse coletivo. Se para ganhar for preciso destruir os ativos do país, como a Petrobrás, as empreiteiras e suas associadas, deixa de ser jogo e vira guerra. E nas guerras, o povo sempre perde.

247: Fotos que provam como a mídia manipula você

Fonte: Brasil 247

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Nos três principais jornais brasileiros, você não viu as imagens acima, que mostram um militante da Central Única dos Trabalhadores sendo pisoteado no Rio Janeiro; na Folha de S. Paulo, no Globo e no Estado de S. Paulo, o que estampou a primeira página foram agressões de petistas (que poderiam ser reações a provocações anteriores), antes do ato em defesa da Petrobras e do pré-sal; escolha editorial dos barões da mídia não foi aleatória; no fundo, no fundo, o que eles querem é promover mais violência e mais intolerância num processo continuado de criminalização do PT e de negação da política
25 de Fevereiro de 2015 às 18:43

247 - As imagens acima, registradas pelas lentes do fotógrafo Fernando Frazão, da EBC, não estamparam as capas dos principais jornais do País.
Elas mostram, com clareza, um representante da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, sendo pisoteado, no Rio de Janeiro, na tarde de ontem, antes do ato em defesa do pré-sal e da manutenção do modelo de partilha do pré-sal.
As imagens escolhidas pelos três principais jornais do País, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e O Globo mostram agressões cometidas por pessoas que vestem camisas vermelhas.
Eis a capa da Folha e sua legenda: BRUTALIDADE - Em ato da CUT e do PT em defesa da Petrobras perto da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, petista agride homem que pedia o impeachment de Dilma.



Agora, a capa do Estado de S. Paulo e sua legenda: Pancadaria no Rio - Em ato de petroleiros no Rio, que teve agressões entre manifestantes, o ex-presidente Lula disse que Dilma Rousseff 'não pode ficar dando trela' sobre as investigações na Petrobras e 'tem de levantar a cabeça'.



Por fim, a capa do Globo, com sua legenda: Intolerância - Homens com camisa do PT partem para a briga com manifestantes que pedem a saída de Dilma em frente à ABI, no Rio, onde aliados do governo fizeram ato.



No mínimo, uma cobertura isenta, mostraria agressões dos dois lados, até porque as imagens publicadas nos jornais poderiam ser uma reação a provocações e agressões anteriores, como a captada por Fernando Frazão.
No entanto, já faz tempo que as famílias midiáticas brasileiras deixaram de buscar o equilíbrio e a isenção. No fundo, no fundo, o que eles querem é promover mais violência e mais intolerância num processo continuado de criminalização do PT e de negação da política. É como se houvesse uma espécie de 'reinaldização' dos veículos de comunicação, que, a cada dia, se deixam pautar pelo radicalismo.
Nesta quarta-feira, com seu estilo histérico, Reinaldo Azevedo escreveu que 'milicianos petistas partem pra porrada' (confira aqui). Além disso, chamou o ex-presidente Lula de 'celerado' e afirmou que, para ele, "chegou a hora de rachar algumas cabeças".
Também hoje, o senador Ronaldo Caiado (DEM/GO), que se cala sobre as estripulias de Agripino Maia, denunciado por receber uma propina de R$ 1,1 milhão, classificou Lula como "bandido" e o acusou de incitar a violência. Confira abaixo:


Eis o que disse Lula.  "O mais importante legado que minha mãe deixou foi o direito de eu andar de cabeça erguida e ninguém vai fazer eu baixar a cabeça neste país. Honestidade não é mérito, é obrigação. Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também".
A manipulação escancarada promovida pelos meios de comunicação visa rachar o País, alimentar mais violência no próximo dia 15 de março e criar as condições para um neofasciscmo no País.